terça-feira, 11 de junho de 2013

GRATIDÃO

Gratidão...


:: Rubia A. Dantés ::
Atraímos para nossa vida tudo que acreditamos, e quanto mais força têm nossas crenças mais elas criam nossa realidade... mas, mesmo sabendo da força das nossas crenças na criação da nossa realidade, porque na maior parte das vezes não conseguimos criar uma realidade mais feliz em sintonia com o que queremos?

A maior parte das nossas crenças são inconscientes e trabalham criando, muitas vezes, o oposto daquilo que gostaríamos para nossas vidas... Sabemos que o Universo manifesta mais e mais daquilo em que colocamos nosso foco com mais intensidade, mas, infelizmente, as coisas que nos puxam para baixo geralmente ganham muito mais a nossa atenção do que aquelas que nos puxam para cima e levantam nosso astral.
É muito comum a gente ver uma pessoa que acabou de receber uma bênção, seja em que área for, e, ao invés de aproveitar e viver o momento de felicidade, prefere ir para o futuro se preocupar pensando se aquilo vai durar... se vai acontecer alguma coisa errada que vai atrapalhar, ou até mesmo no meio das coisas boas que se manifestam, buscar uma coisa, mesmo que pequena, que seja motivo de reclamação... e com isso, muitas vezes as bênçãos acabam se transformando em preocupação e estresse.

Somos mais viciados em reclamar do que imaginamos... mais viciados em ser vítimas que, quando algo nos tira dessa posição, dando-nos motivos para comemorar e agradecer, logo damos um jeitinho de mostrar a todos que as coisas não estão tão bem assim...

Passamos a vida querendo adquirir coisas e vamos enchendo nossos armários, nossa mente, nosso coração, mas parece que, quando conquistamos o que queremos, aquilo já deixa de ter valor e passamos para outro objetivo sem nem nos darmos conta que temos muito a agradecer... enfatizamos mais o que falta do que o que já alcançamos... colocamos mais nosso foco no que falta do que no que temos a agradecer e, com isso, continuamos a criar mais e mais situações de falta...

A gratidão é sempre algo muito positivo e quanto mais agradecemos, mais motivos aparecerão para sermos gratos...

E, sabendo disso, volta e meia, quando não me sinto bem, começo a agradecer pelas coisas boas que tenho na vida, e olha que não são poucas, mas parece que temos o vicio de só valorizar o que não temos ou o que não está dando certo e dar muito pouco valor ao que temos, afinal, é só olhar ao nosso redor nas noticias que nos chegam pelos vários meios de comunicação e isso fica fácil de perceber... sempre é dada uma ênfase muito maior ao que está ruim do que ao que está dando certo... Parece que temos um medo enorme de ser feliz e nossas crenças inconscientes vão nos mantendo nesses caminhos da falta...

Ontem cedo acordei um pouco sem ânimo uma certa tristeza sem motivo aparente... mas ainda bem que logo me lembrei da gratidão e comecei a agradecer pelas coisas boas que tenho... fazendo uma lista e agradecendo, reconhecendo o tanto de coisas que tenho e que sou grata por isso...
Foi quando uma voz interior me orientou a ir mais profundo na gratidão... e a cada coisa que tinha motivos de ser grata, me vi reconhecendo mais profundamente que aquilo era algo que realmente tinha motivos para agradecer... acreditando... E assim fui fazendo devagar com cada coisa, ao invés de só listar o que tenho a agradecer fui mergulhando em cada uma e sentindo bem no fundo do coração a gratidão e os motivos por que sou grata...

Uma energia boa e acolhedora foi chegando e tomando conta daquele estado em que acordei... senti um alivio na minha garganta e no coração... e os motivos a agradecer pelas muitas bênçãos que tenho na minha vida eram muito mais reais e palpáveis... e me pareceu que tudo estava bem como estava... que aqui e agora não falta nada para ser Feliz...

terça-feira, 14 de maio de 2013

PSICOSSOMATICA


Medicina Psicossomática é o estudo das relações mente-corpo com ênfase na explicação psicológica da patologia somática; é uma proposta de assistência integral e uma transcrição para a linguagem psicológica dos sintomas corporais, enquanto que a Psicanálise é um método de investigação da mente e uma atividade terapêutica. (EKSTERMAN, apud HISADA, 1992).
Desta forma a doença Psicossomática refere-se a algo não bem desenvolvido, no que diz respeito ao lado emocional do sujeito em certo momento de seu desenvolvimento. Winnicott em 1949, falou do erro em que os médicos apenas observam o lado físico do paciente e desprezam as desordens psicossomáticas que ocorrem no cérebro do indivíduo.
Consegue-se perceber que entre a Psicossomática e a medicina Psicossomática há uma distinção, referindo-se a isto, Sami-ali (CERCHIARI apud SAMI-ALI, 2000) diz que Psicossomática é: um modelo teórico e uma metodologia específica, onde o somático é percebido em sua complexidade e não na falha psíquica.
Pode-se assim dizer que a Psicossomática tem seu reduto na Psicanálise. Novamente Winnicott traz uma compreensão do assunto quando ele diz que: “quando há saúde a mente não usurpa a função do meio-ambiente, tornando possível porém a compreensão eventualmente de seu fracasso relativo”. (HISADA apud WINNICOTT, p.4, 2001).
No entanto, Alexander [1] (1989) diz que, teoricamente, cada doença é psicossomática, uma vez que fatores emocionais influenciam todos os processos do corpo, através das vias nervosas humorais e que os fenômenos somáticos e psicológicos ocorrem no mesmo organismo e são apenas dois aspectos do mesmo processo. (CERCHIARI, 2000).
O certo é que o ambiente tem uma responsabilidade no que diz respeito ao desenvolvimento do indivíduo, e é ele que torna possível o seu self. E de acordo com Hisada há uma relação entre o psique e a soma onde há o ponto central, e é neste que o self se desenvolve.Devido a isto há uma relação entre a personalidade construída do sujeito e as doenças apresentadas nele. Sobre isto Hisada (2001, p. 8) esclarece:
Cada indivíduo tem um modo de viver e adoecer. O tipo de doença e a época da vida em que ela se manifesta tem relação com a sua história, com a natureza dos seus conflitos intrapsíquicos e com a forma de lidar com eles.
A forma como cada pessoa foi criada, o contexto sócio-histórico reflete na vida do indivíduo, porque tudo o foi construído foi internalizado e pode refletir de alguma forma na vida do sujeito.

Estudo de Caso

Este estudo de caso tem o objetivo de apresentar o quanto o ambiente em que a pessoa foi criada, afeta em sua vida, podendo esta ser saudável ou não. Pretende-se demonstrar  a forma de como foi a construção da pessoa, realizada pela mãe ou cuidadores implica em sua forma de lidar com as angústias, decepções, tristeza etc.
No grupo de mulheres com câncer há ente elas as que é perceptível a somatização. Elas, na fala verbal deixam transparecer suas impressões, uma delas vamos chamá-la de Luciana. Ela foi criada em uma das cidades do norte de Mato Grosso. Segundo ela quando estava grávida de seu primeiro filho, já estava sentindo às contrações, e a bolsa já havia estourado e as dores eram intensas, porém ela não conseguia sair do quarto de sua casa, pois não conseguia se ver sendo cuidada por homens, sendo estes enfermeiros e médicos, ‘ver minhas partes intimas’ dizia ela, isto só em passar por sua mente era indigestível.
A forma como foi construída a personalidade de Luciana, agora estava colocando em risco sua própria vida e a de seu filho. Ela lembra que foi necessário que seu esposo fizesse uso da força para que o processo do nascimento do filho transcorresse dentro do contexto atual. Ela diz que foi criada entre muitos tabus, e que sua mãe foi a principal responsável por esta construção. Luciana a terceira filha de uma prole de 10 irmãos. Ela conta que sua mãe usava frequentemente roupas que não marcavam o corpo, isto era uma forma de evitar falar sobre o tema sexo com os filhos. Assim quando esta se encontrava grávida, sua aparência era disfarçada todo o período da gravidez, assim neste período nenhum dos filhos perguntaria sobre o que estava acontecendo, já que era um fato vergonhoso tocar neste assunto, ainda mais com um filho.
Luciana continua relatando sobre o ambiente em que foi formada, dentro de sua observação ela pergunta para a mãe como surgem as crianças? E a mãe responde que o telhado da casa abria-se, e assim Deus fazia com que a criança descesse até à cama da mãe. Muito curiosa Luciana percebe que a mãe começa a se sentir mal, e esta alerta a filha a ficar de olho no telhado para que esta não perca a chegada de seu irmãozinho enviado por Deus direto do céu mas que passaria pelo telhado do quarto.
Luciana diz que ficou todo o tempo olhando para o telhado atenta para ver a chegada do irmão, vale lembrar que as crianças tem muita credibilidade nos pais, ainda mais nos dias de Luciana. Ela fala que ficou decepcionada por não perceber que seu irmão chegou e ela não viu o telhado se abrindo, apesar de ficar atenta a ele.
Assim foram nascendo os outros seis irmãos. Ela descreve a mãe como uma pessoa defensora e construtora de tabus. Diz que quando entrou na pré-adolescência, não sabia nada sobre o desenvolvimento hormonal, responsável pelo crescimento dos seios e quadris nas meninas, e crescimento de barba, pelos e mudança na voz dos meninos. Como era incentivada a usar roupas sem formas, assim como a mãe, ela conta que sua mãe não percebeu o crescimento dos seios. E ela internaliza este momento como uma doença: onde primeiro forma o bico do mamilo, e depois vai sendo desenvolvido o tamanho da mamária.
Ela diz que na primeira faze ela ficava passando sempre a mão para que aquela “doença” desaparecesse, e como isso não acontecia foi observada achatando o bico do peito por uma de suas irmãs, que advertiu a mãe sobre o comportamento estranho que presenciara na irmã. A mãe agora fala para a filha que o que estava acontecendo era comum a todas a mulheres, sendo que todas deveriam passar pela mesma fase. Esta segundo Luciana achou que tranquilizava a filha, porém o efeito foi contrário, pois ela sentia que não queria aquele tipo de doença, já que o internalizara assim.O pior segundo ela,é ver que um era maior que o outro, e era isto que a considerava certo de que havia algo de errado, ‘tinha que ser aquilo uma doença’.
Quando chegou o período menstrual, ao perceber o sangue e a ausência de ferimento, fica espantada e conta para a mãe que não era mais virgem, pois tinha perdido a posição de virgem, e a mãe considera como verdade. Só depois de um tempo ao conversarem é que a mãe coloca que aquilo não era perder a virgindade, mas apenas um período onde o sangramento iria se apresentar todos os meses.
Outro momento foi aos 15 anos quando iniciou um namoro com um rapaz, ela não sabia o que era beijos, mas mesmo assim se comprometera com ele de se enamorarem. Ao saber do acontecido a mãe ameaça a filha, ela diz que sempre as ameaças da mãe foram todo o tempo desde a infância, elas eram tão violentas que os filhos acreditavam que a mãe teria corajem de matar qualquer um deles como ela falara sempre em suas palavras. A privada da casa era fora no quintal era lá que toda a família fazia ali as necessidades fisiológicas, era um lugar cercado e coberto por palhas de coco, um buraco em média com dois metros de profundidade e tapado com tábuas, sendo que bem no meio ficava um espaço em aberto para ali serem jogados os detritos.
Luciana diz que desde cedo quis ser mãe, porém ela queria ser mãe de uma menina, e quando questionada como se deu o casamento com o marido, ela diz que foi a mãe que arranjou tudo, e isso aconteceu também com suas irmãs.Casou-se no civil e na igreja e depois houve a festa. Ao terminar a festa ela é conduzida para a casa onde a mãe lhe diz ser necessário que fique ainda oito dias até que possa ir para a casa onde já está o noivo. Como o casamento foi arranjado, o rapaz aceita a proposta da sogra, porém ao saber que a noiva sofria maus tratos da mãe, é importante dizer que isto só aconteceu neste período, pois este era o costume da tradição segundo à mãe. O noivo no terceiro dia, faz a proposta para ela de que vai respeitar o restante dos demais dias até que este possa desposá-la, mas que vá para a casa com ele, para não sofrer mais.
Ela concorda, e vai para sua vida de casada, porém a forma como foi desposada é tão intrigante quanto o que já foi descrito até aqui. O noivo inicia o processo, com abraços e beijos, e percebe que a relação foi aquecida, assim diz que vai ao banheiro, e quando sai de lá, sai enrolado em uma toalha, ela achou tudo isso estranho, ela conta, mas o mais estranho foi quando este tira a toalha e ela vê a genitália dele, ela nunca vira como era, e diz ter ficado tão assustada que encontra um espeto e o ameaça caso queira se aproximar.
Ele, o noivo foi muito paciente e ficou ali enrolado na toalha e de longe várias horas tentando acalmá-la. Quando isto ocorre, ela concorda que este conclua o ato, porém diz que ao rompimento do hímen, foi necessário o uso de remédios para poder sarar. Também conta que até ao nascimento do primeiro filho planejou sair daquela relação, pois não sentia prazer e nenhum sentimento por aquela pessoa, que apesar de tudo tinha paciência com ela. A razão de não ter para onde ir foi o que a manteve naquele relacionamento.
Neste contexto Luciana foi criada, depois de ser mãe pela quarta vez ela diz que alguns anos depois começou a perceber alguns sintomas estranhos em seu seio, porém ela negou este sentimento, o tempo foi passando e os sintomas foram ficando cada vez mais intenso, ela viu que não era normal aquelas reações do corpo, porém ir ao médico e mostrar seu seio para ele era inconcebível.
No entanto, ela diz que veio a furo a dor que sentia e só então foi ao médico. Ao este realizar os exames lhe disse ser um câncer, e num estado muito avançado. Logo Luciana foi conduzida para uma cirurgia para a retirada do tumor e na sequencia quimioterapia e radioterapia. Que segundo ela a conduziu para o conhecimento de mais um câncer no intestino.Em fim, Luciana disse que isto a levou a pesar 80 quilos sendo ela uma senhora de 1m e 40cm de altura. Diz ela que teve que desconstruir muita coisa em sua vida para poder sobreviver.
Como Luciana, há outras mulheres, cada uma com uma formação sócio-histórica, cada uma com uma formação de personalidade, porém o que há em comum nestas mulheres? Pode-se dizer que o câncer. A doença Psicossomática, as fugas de cada uma delas diante dos obstáculos vividos. Percebe-se que a frase de Marco Silva é real, “o indivíduo faz do corpo o palco para a expressão de sua angústia”. (HISADA, apud, SILVA, 2001,p.8).

Considerações Finais

Freud, apesar de não fazer uso do termo Psicossomático, ele deixou um grande legado para a Psicologia em relação à sua explicação sobre a transposição de um conflito psíquico, nisto ele tentou resolver e entender a problemática, assim apresentou como sintomas somáticos, motores e sensitivos.
Cerchiari (2010) realizou uma pesquisa em sua dissertação de mestrado, o que muito contribuiu para observação entre o estudo de câncer de mama. O resultado demonstrou que as mulheres pesquisadas em sua maioria tinham dificuldades de expressar os seus sentimentos às pessoas, e que há em parte delas há pensamentos relacionados ao pensamento psicótico.       
Apesar do pouco tempo de observação com as mulheres com câncer que se reúnem através de um projeto de uma assistente social de um dos hospitais de Sinop, é claro de ver que há alguns pontos parecidos como os apresentados pela pesquisa de mestrado citada por Cerchiari (2010). Assim, voltamos a afirmar que o sentimento de self do indivíduo é construído desde sua formação, e este dependendo de como foi internalizado pode levar o sujeito a sofrer doenças das mais variadas formas, conforme sua somatização.

Sobre os Autores:



Fonte: http://artigos.psicologado.com/psicossomatica/a-relacao-entre-a-doenca-psicossomatica-e-o-cancer-de-mama-um-estudo-de-caso#ixzz2TJ8PWiBB
Psicologado - Artigos de Psicologia 

sábado, 11 de maio de 2013

A SALSA


A salsa não é só um bom tempero na cozinha! Ela é rica em vitaminas A, B1, B2, C e D, desintoxica o organismo, controla a pressão arterial e colabora com o bom funcionamento cardiovascular.
Uma ótima opção de consumo é o chá de salsa, que é diurético, relaxante, digestivo, ajuda a melhorar infeções urinárias, evita a retenção de líquidos e ajuda a limpar os rins.
Para o organismo funcionar bem, a saúde do rim precisa estar em dia. Ele é responsável por filtrar uma média de 180 litros de sangue diariamente, ou seja, ajuda a eliminar pela urina todas as substâncias prejudiciais à saúde.
Anote a receita:
Lave e pique um maço de salsa e ferva em 1 litro de água por 10 minutos. Deixe esfriar, coe e guarde em uma jarra na geladeira. Beba 1 copo por dia durante 10 dias.
Gestantes devem evitar a bebida, pois a salsa tem apiol, que estimula contrações uterinas e pode induzir o parto. Se houver dúvida, o melhor é procurar a orientação do médico!

segunda-feira, 6 de maio de 2013


A glândula pineal está situada na parte posterior do cérebro. Ela tem cinco milímetros de diâmetro. Está rodeada de uma fina areia muito importante*.
A glândula pineal é um pequeno tecido vermelho-acinzentado e está intimamente relacionada com os órgãos sexuais. Segrega certos hormônios que regulam todo o progresso, evolução e desenvolvimento dos órgãos sexuais.
A ciência oficial assegura que depois que esses hormônios alcançam seu objetivo, o total desenvolvimento dos órgãos sexuais, então degenera em um tecido fibroso que já não é capaz de segregar hormônios. Descartes assegurava que essa glândula é o assento da alma. Os orientais afirmam que esta glândula é um terceiro olho atrofiado.
Quando a ciência médica do mundo ocidental descobriu que esta glândula é tão somente um pequeno tecido vermelho-acinzentado situado na parte posterior do cérebro, rechaçou a afirmação de Descartes e dos orientais. Melhor teria sido não se fixar em dogmas científicos e estudar todos os conceitos de forma eclética e didática.
Os yogues da Índia asseguram que a glândula pineal é a janela de Brahma, o Olho de Diamante, o olho da polivalência, mediante um treinamento especial, nos dá a percepção do ultra. A ciência ocidental não é completa se não estudar também a ciência oriental. Necessitamos de uma cultura integral, total.
O microscópio nos permitiu perceber objetivamente o infinitamente pequeno. O telescópio nos permitiu ver o infinitamente grande. Se a glândula pineal nos permite ver o ultra de todas as coisas deveríamos estudar a yoga oriental e desenvolver essa maravilhosa glândula.
Os yogues da Índia têm práticas com as quais se pode obter um superfuncionamento especial da glândula pineal. Então percebemos o ultra. Negar essas afirmações da yoga oriental não é científico. É necessário estudá-la e analisá-la. Os sábios orientais dizem que da potência sexual depende a potência da glândula pineal. Agora poderemos explicar as bases científicas da castidade.
Não há dúvida que todos os grandes videntes bíblicos foram grandes pinealistas. A castidade científica, combinada com certas práticas, os permitiu ver o ultra da natureza. Os gnósticos dizemos que na glândula pineal está o átomo do Espírito Santo. Os orientais afirmam que na glândula pineal se acha o lótus de mil pétalas. Não há dúvida que essa é a Coroa dos Santos.
Os homens de gênio têm a glândula pineal muito desenvolvida. Nos cretinos descobriu-se que ela se encontra atrofiada. Os grandes fenômenos de fascinação de massas, tão comuns na Índia, só são possíveis quando o Faquir autêntico tem a glândula pineal cheia de grande vigor.
As secreções das glândulas endócrinas são absorvidas diretamente pelo sangue, o qual leva todas essas secreções a outros órgãos ou glândulas, que, então, se vêem impulsionadas a um maior esforço, a um trabalho mais intenso. A palavra Hormônio vem de uma palavra grega que significa “Excitar”. Realmente, os hormônios têm o poder de excitar todo o organismo e obrigá-lo a trabalhar.
As secreções das glândulas endócrinas influem também sobre a mente. Agora explicamos porque os hindustânicos se dedicam a controlar a mente. Por meio dela podemos regular nossas funções hormonais. Alguns sábios hindustânicos têm permanecido enterrados durante muitos meses sem morrer. A biologia não pode permanecer indiferente a esses fatos. Os biólogos necessitam investigar todas as maravilhas e feitos desses sábios.
O senhor Immanuel Kant admite um nisus formativus para o nosso corpo físico. Os sábios orientais creem que esse “nisus formativus” é um corpo fluídico que está em contato com o sistema nervoso grande simpático e com o sistema nervoso líquido.
Não há dúvida de que o corpo fluídico é o resultado do corpo astral dos médicos medievais. Dentro do corpo astral está a mente humana e todos aqueles princípios puramente anímicos.
Os sentidos desse corpo astral parecem dimanar como flores de lótus originário do âmago das glândulas endócrinas. Aquele lótus de mil pétalas, mencionado pelos yogues da Índia, é um sentido anímico do corpo astral. O desenvolvimento especial da glândula pineal nos permite perceber o corpo astral e seus sentidos anímicos.
A ciência médica joga com a mecânica dos fenômenos, mas não conhece o fundo vital. Com o desenvolvimento especial da glândula pineal nos será permitido ver o fundo vital.
Uma das práticas para o despertar dessa glândula, é a pronúncia do mantra I.
*Essa areia muito fina a qual o VM Samael se refere são os “cristais de apatita”, grandes condutores de correntes elétricas e cósmicas.

domingo, 5 de maio de 2013


A ORIGEM DO EGO.



Nietzsche, em sua obra Assim Falava Zaratustra, enfatiza a ideia do Super-Homem. Ainda lembro das frases de Nietzsche: “O homem é para o Super-Homem o que o animal é para o homem, uma dolorosa vergonha, uma gargalhada, um sarcasmo e nada mais”. Porém, acaso Nietzsche era Super-Homem? Por certo, o Super-Homem de Nietzsche serviu de basamento místico à Alemanha nazista, para a Segunda Guerra Mundial (vejam vocês quão equivocado Nietzsche andava). Se ainda não existe o homem, menos ainda o Super-Homem.
Realmente, o único que existe atualmente não é o homem, senão o mamífero intelectual equivocadamente chamado homem. Creio que esse título, o de homem, é um chapéu que nos fica demasiadamente grande. Se não podemos governar a nós mesmos, muito menos podemos governar a Natureza.
Se o homem não é rei de si mesmo, então rei do que ele será? Poderia, acaso, ser rei da Natureza? Desde que se diz homem, entende-se por rei; e se não é rei, não é homem. Então, concluamos dizendo que o que existe atualmente é o mamífero intelectual equivocadamente chamado homem, e isso é diferente.
Se aprofundamos dentro do si mesmo, o que descobriremos? Órgãos, sim, eles formam parte do organismo humano, e por trás de todo organismo, o que há? O Lingam Sarira, constestam os hindustanis, Isso é certo, mas o que é o Lingam Sarira? O Corpo Vital, o assento de todos os nossos fenômenos fisiológicos, biológicos, químicos etc.
Mais além desse Corpo Vital, o que existe é o Ego, o Eu, o Si Mesmo. E que coisa é o Ego? Uma soma de agregados psicológicos: ira, cobiça, luxúria, preguiça, inveja, orgulho, gula e muitíssimos outros defeitos mais. Certamente, ainda que tivéssemos palato de aço e mil línguas para falar, não conseguiríamos enumerar todos os defeitos que levamos dentro.
Estes têm personificações, os agregados psicológicos possuem figuras animalescas. Que clarividente se atreveria a negar esse ponto fundamental?
Assim, pois, meus caros irmãos, chegou a hora da reflexão. Além da morte, o que é que existe? O que continua? O Ego! E é, por acaso, o Ego uma beleza? Não, eu já o disse, é uma soma de agregados psíquicos, e dentro desees agregados psíquicos está esfrascada a Conciencia, a Esencia. Em linguagem rigosamente alquímica, diríamos: o sal incorpóreo, não inflamable e perfeito. Ele é precisamente o fator diretriz de toda a nossa psique, o fator básico, para falar mais claro.
Desgraçadamente, está engarrafada, está embutida dentro dessas figuras animalescas do Ego, entre todos esses agregados inumanos que possuímos em nosso interior. Assim enfrascada, é óbvio que se processa em virtude de seu propio condicionamento, e isto é lamentável: dorme profundamente.
Quero que vocês compreendam, meus caros irmãos, quero que entendam profundamente, o que é o Ego. Quero que saibam qual é sua origem. Quero que o dissolvam radicalmente. Ouçam-me bem.
No Amanhecer da Vida, além da época do antigo continente Um, situado no Oceano Pacífico, os animais intelectuais receberam, desafortunadamente, o Abominável Órgão Kundartiguador. Falou-se muito da Kundalini, mas, quão pouco se falou de sua antítese, o Abominável Órgão Kundartiguador.
É claro que por aquela antiga idade, a capa geológica do mundo não tinha estabilidade permanente. Incessantes terremotos e terríveis maremotos convulsionavam nosso planeta, foi então quando certo indivíduo sagrado, acompanhado por uma altíssima comissão, veio à Terra em uma nave cósmica. Depois de aquela comitiva sacra haver estudado o problema dos cataclismos, resolveu dar à Humanidade o antes dito Órgão, com o propósito de resolver o problema geológico.
Vocês me dirão: “E o que tem a ver essa questão dos tremores de terra e os maremotos com o Órgão Kundartiguador e o organismo humano?” Muito, meus queridos irmãos, muito! Tenham-se em conta que cada corpo ohumano é uma máquina extraordinaria, que capta as energias que descem do Megalocosmo e que as transforma maravilhosamente, para retransmiti-la automáticamente ao interior do organismo terrestre, às capas inferiores da Natureza, da Terra.
A Humanidade é um órgão do planeta Terra, é um órgão da Natureza, mediante o qual se transformam energias que vêm a ser básicas para a economia do mundo Terra. Inquestionavelmente, ao se fazer qualquer alteração na máquina humana, produzem-se, indubitablemente, modificações substanciais de energias, e ao serem estas retransmitidas às capas anteriores de nosso mundo, já modificadas, podem influir sobre a estabilidade da superfície geológica.
Ao dar, pois, à Humanidade o Abominable Órgão Kundartiguador, é claro, é óbvio, é ostensível, que as energias foram modificadas de forma tal que ao serem retransmitidas ao interior da Terra, exerceriam sobre a capa geológica um processo que teria como fim a estabilidade da mesma.
Pois vejam o importante que é a máquina humana, não é verdade? O Abominável Órgão Kundartiguador é a famosa cauda do Satã bíblico, que chegou a se cristalizar. Sim, é óbvio que o fogo sagrado projetado do cóccix até os infernos do homem se converteu na cauda de Satã (e tomando forma física, apareceu como a cauda dos símios).
Que houve uma época em que a Humanidade possuiu cauda é verdade, é certo, porém isso não quer dizer que nós venhamos dos símios, dos macacos, não! Ao contrário, eles vieram de nós, são degenerações da espécie humana, resultaram da mescla do animal intelectual com algumas espécies bestiais da Natureza.
Muito mais tarde no tempo (e eis aí o interessante), outra altíssima comissão resolveu arrancar da Humanidade o Abominável Órgão Kundartiguador. Já não era mais necessário, a capa fisiológica de nosso mundo havia se estabilizado. Desafortunadamente, a Humanidade ao perder tal Órgão, ficaram em nós as más consequências do mesmo, e essas más consequências se acomodaram nos cinco cilindros da máquina orgânica.
Tais cilindros são: primeiro, o Centro Intelectual; segundo, o Centro Emocional; terceiro, o Centro Motor ou do Movimento; quarto, o Centro Instintivo; e quinto, o Centro Sexual.
Acumuladas as más consequências do Abominável Órgão Kundartiguador, dentro dos cinco cilindros da máquina, formou-se em nosso interior uma natureza inumana e terrivelmente bestial. As citadas consequências do Abominável Órgão Kundartiguador constituem-se no mim mesmo, no si mesmo, no Ego, no Eu. É claro, é indubitável, que a Conciência, ou seja, a Essência primigênia, falando em linguagem alquimista, o Sal puríssimo, incorpóreo, oncombustível, sublime, ficou, digamos, enfrascada, encarcerada, embutida dentro dessa segunda natureza inumana.
O cavalo alado Pégaso e o Unicórnio são símbolos da Essência Divina livre do Ego
Desde então, ficamos com duas naturezas: uma, esta externa que temos, e outra, interna, de abominação. O que fazer? Como fazer? Desafortunadamente, meus queridos irmãos, conforme os tempos foram se passando, a Consciência embutida aí, foi dormindo pouco a pouco e perdeu os poderes que antes possuíra, esses poderes com os quais podíamos manejar o fogo que flameja, o furacão que ruge, as águas puríssimas da vida universal e a perfumada terra.
Em outros tempos, quando o Abominável Órgão Kundartiguador não havia aparecido em nós, podíamos perceber um terço de todas as tonalidades de cor existentes no Cosmo infinito. Quero dizer a vocês, em nome da Verdade, e ponham muito cuidado, que existem cerca de 2 milhões de tonalidades de cor, e isso é verdade. Hoje, o ser humano dificilmente podoe perceber as sete cores básicas do prisma solar.
Naquela antiga idade, nesses tempos em que os rios puros de água manavam leite e mel, tudo era diferente, então os serees humanos levantavam a vista para o espaço e percebiam a aura dos mundos e dos Gênios Planetários e das humanidades que os povoam e os grandes hierofantes da antiga Arcádia, os Filhos da Manhã. Podiam claramente ver no Akasha puro os mundos que haviam existido em passados Mahavântaras e aqueles que haveriam de existir em um futuro. Assim era a Humanidade em outros tempos.
Os ouvidos de cada ser humano percebiam as místicas vibrações niorissianas do Universo, falavam com os Deuses inefáveis e sabiam escutar as sinfonias que sustentam o Universo, firme em sua marcha.
Desafortunadamente, a involução foi precipitando os seres humanos pelo caminho da degeneração; as faculdades foram se atrofiando e com o tempo se perderam, lamentavelmente. Depois da segunda catástrofe transapalniana que mudou completamente a capa geológica de nosso mundo (com a submersão do velho continente atlante), precipitou-se a involução degenerativa humana. As faculdades foram se atrofiando lamentavelmente, e, por último, a Kali Yuga, iniciada pela cultura greco-romana, nos trouxe ao estado em que nos encontramos atualmente.
Em outros tempos, antes da Kali Yuga, antes tivesse nascido a civilização greco-romana, iniciadora desta Idade Negra, existia o pensamento objetivo, a mente objetiva. Façamos uma plena distinção entre o que é mente objetiva e o que é mente subjetiva. Entenda-se por mente subjetiva aquela que somente se fundamente nas percepções sensoriais externas.
Muitos pescadores vindos de outras terras da antiga Grécia lhes deu para brincar com a palavra, por fazer silogismos, prosilogismos, isilogismos etc. O jogo das palavras ficou muito simpático, serviu para matar o ócio. Com o tempo, surgiu aí a associação meramente intelectiva, fundamentada nas percepções sensoriais externas (sistema racional deficiente que exclui os intuitos, o sistema racional meramente associativo desligado de todo processo da Consciência). Assim, muitas áreas do cérebro se atrofiaram lamentavelmente.
Desafortunadamente, os gregos cometeram o erro de expandir seu sistema racional por toda a face da terra e isso conduziu ao raciocínio subjetivo mundial.
Hoje, o cérebro humano já não trabalha completamente. Bem sabem os cientistas que nem todas as áreas do cérebro funcionam atualmente (produto, disso, da associação meramente subjetiva). Foi assim, meus caros irmãos, como a mente humana se degenerou, como o cérebro humano se atrofiou, se converteu no que atualmente é.
Pensemos, agora, nos romanos, pois eles, juntamente com os gregos, iniciaram a idade negra que estamos vivendo, a Kali Yuga. A diferença com os gregos é que aqueles [os romanos] em vez de brincar com a palavra, deram-se a brincar com o sexo. Vagabundos da antiga Roma se entregaram à orgia, aos bacanais e até os exportaram mundialmente. Foi assim com se veio a perder definitivamente a vergonha orgânica, surgiram os prostíbulos por todo lugar e a humanidade se precipitou pelo caminho do infrassexo.
Hoje, vejamos o estado em que nos encontramos, degeneração sexual em grande escala e faiscante intelecto.  Os velhacos do intelecto são terrivelmente luxuriosos, a luxúria e o intelectualismo (baseado, este último, nas meras associações racionais de tipo subjetivo) brilham por todo lugar, manifestam-se aqui, ali e acolá, e por todas as partes.
O Ego tomou proporções gigantescas, cada um de nós realmente leva por dentro todos os fatores que produzem guerras, amarguras, sofrimentos. Necessitamos nos libertar do estado em que nos encontramos. Todas as faculdades humanas se degeneraram, repito, lamentavelmente tudo se perdeu. Sobra-nos somente um fator que pode servir para nossa salvação. Quero me referir enfaticamente à Essência, a qual, como já disse, está engarrafada dentro do Ego. É óbvio que dentro dela estão os dados que necessitamos para nos guiar pelo Caminho que haverá de nos conduzir à Liberação Final. Na Essência, na consciência, estão também as Partículas de Dor do Omnicósmico, ou seja, de nosso Pai que está em segredo.
Toda vez que erramos, Ele sofre, e suas Partículas de Dor ficam depositadas na Essência, na Consciência. E se sabemos aproveitar, podemos, mediante estas, despertar. Na Essência estão esses dados que urgentemente estamos necessitando para nos guiarmos pela Senda do Fio da Navalha. A Essência é o guia esplêndido, que dentro temos para nos guiar, porém, desafortunadamente, está presa, encarcerada, embutida, engarrafada no Ego, no Eu, no Mim Mesmo, no Si Mesmo.
Necessitamos desenfrascar a Essência, desengarrafá-la para que possa nos guiar pelo Caminho que nos há de conduzir até a Liberação Final, e isso somente é possível, queridos irmãos, destruindo o Eu, eliminando-o, reduzindo-o a poeira cósmica. Ele é o cárcere dentro do qual está enfrascada a puríssima Essência. Destruamos as barras desse cárcere, tornemos poeira a esses muros da ignomínia, reduzamos a cinzas essa garrafa para que sejamos livres.
Libertada a Essência, poderá nos guiar pelo Caminho de Perfeição, até a liberação final. Se quisermos destruir o Ego, devemos dissolvê-lo e eliminá-lo.
Na vida prática temos o ginásio psicológico onde podemos nos descobrir, porque na relação com as pessoas, com nossos amigos, com os companheiros de trabalho, com nossos familiares etc., os defeitos que levamos escondidos afloram, e se estamos alertas e vigilantes como o vigia em época de guerra, então poderemos vê-los tal qual são, em si mesmos. Defeito descoberto, deve ser submetido à técnica da meditação, e uma vez compreendido integramente, podemos eliminá-los com a ajuda da Divina Mãe Kundalini, a serpente ígnea de nossos mágicos poderes.
Se em transe sexual, durante o Sahaja Maithuna, A invocamos de puro coração, Ela poderá nos auxiliar. Está escrito: “Pedi e se vos dará; golpeai e vos será aberto”.
Se Lhe pedimos, Ela nos dá, se golpearmos Ela nos abre. Peçamos à nossa Divina Mãe Kundalini particular, própria, de cada um de nós, que elimine de nossa psique o defeito psicológico que já tivermos compreendido a fundo em todos os territórios da mente. O resultado será extraordinário: Ela eliminará o defeito, e se continuamos assim, trabalhando incansavelmente, chegará o dia em que o Ego terá sido desintegrado radicalmente, e então a Essência ficará livre e virá o despertar.
A Consciência desperta poderá nos orientar pela Senda do Fio da Navalha, a Consciência desperta nos entregará os dados que necessitamos para nossa própria Liberação Final.
Porém, deve-se ser paciente no Trabalho, e muito severos e muito constantes, porque cada defeito é multifacético e se processa em 49 níveis do subconsciente.
Samael Aun Weor, conferência A Origem do Ego

sábado, 13 de abril de 2013


O Ego e o Eu 

O Ego e o Eu


por Márian - Marta Magalhães -marian.luar@ig.com.br
Esse assunto está sempre nos acompanhando, não é mesmo?
Para a maioria de nós é muito difícil discernir entre os dois, estamos sempre titubeando e nos deixando enganar. Ficamos sempre na dúvida, e assim como diz o ditado, "estamos sempre entre a cruz e caldeirinha". Por isso, mais uma vez vamos tentar esclarecer sobre esses dois aspectos de nós mesmos...
Bem, o ego é a manifestação de sentimentos e ideias baseados apenas na individualidade, na separatividade... O ego é aquilo que se acredita ser, ou seja, ele é a personalidade criada por crenças, circunstâncias ou por imposições sociais. Resumindo, o ego é uma ilusão criada pela mente... 
O ego está sempre tentando nos desviar do caminho da Unidade, fazendo-nos acreditar no engano do poder material ou social, na nossa fragilidade ou incapacidade, alimentando sentimentos como o ciúme, a inveja, a ambição, o orgulho, a avareza, a baixa autoestima, a autocomiseração e a impotência diante dos desafios da vida. 
Ele está sempre tentando se afirmar impondo suas ideias egoístas, estimulando a separação entre as pessoas. Ele está sempre esperando o reconhecimento alheio; ele acredita que está sempre certo e dependendo do caráter de alguns é capaz de passar por cima da ética e da moral para alcançar os seus objetivos. Ele também é aquele que sofre... que é sempre vítima, que se sente ofendido, que é incapaz de conquistar vitórias, que não consegue resolver seus problemas e muito menos ser feliz...
Como consequência desses sentimentos surge o medo... o medo de perder, medo de morrer, medo de não ser... Isso pode até causar a paralisação do caminhar pois cria milhões de dúvidas sobre para que lado seguir, que decisão tomar, acabando por afastar a pessoa da Verdade... 
E a Verdade é que você, o seu verdadeiro EU, é pura Consciência, parte do Todo Sapiente. O EU Superior é inato em nós, mas está adormecido esperando que despertemos e nos lembremos que somos unos com o Todo e portanto possuidores de todas as virtudes divinas, capazes de nos resolver, de criarmos uma vida cheia de paz e ventura... e acreditem, de sermos Felizes! 
Somente a entrega total à Unidade, a renúncia ao ego, traz Paz interior e Felicidade plena... Estejam certos de que todos os conflitos se desvanecem quando deixamos que o nosso EU unido à Vontade Divina guie os nossos passos, permitindo que o Amor tome conta de todo o nosso ser. Na realidade, quando deixamos para trás toda a ilusão em relação a nós mesmos, resgatamos a nossa verdadeira identidade divina e então passamos integralmente a SER e o nosso único objetivo passa a ser SERVIR, e isso é a verdadeira fonte da FELICIDADE. 
Terminam os sentimentos que separam o nosso ser das demais pessoas e criaturas. Não existem mais o "meu" e o "seu", tudo passa a ser "nosso" e "Eu" e "você" passam a ser uma só pessoa. 
É certo, porém, que durante o processo evolutivo acontecem algumas subidas e descidas até a ascensão completa. Por isso, é preciso muita determinação, discernimento e concentração para não nos desviarmos do objetivo maior da alma que é se libertar da ignorância de SI, resgatar a sua própria LUZ e despertar a CONSCIÊNCIA DA UNIDADE.
Uma coisa que pode criar resistências na entrega definitiva à Totalidade é o medo da desintegração da individualidade. Essa falsa ideia de desintegração causa verdadeiro pavor em muitas pessoas por elas acreditarem nas projeções individualistas da sua mente, sobre o seu falso eu, o ego. Na verdade, elas são prisioneiras dos sentidos físicos, dos seus pensamentos e emoções. Essas pessoas precisam desfazer esse engano e entender que a sua Consciência é eterna, ela sempre foi e sempre será... É preciso compreender que a união entre o EU e o TODO já existe desde o sempre, é preciso apenas se conscientizar disso, esse é o verdadeiro DESPERTAR.
Apesar das dificuldades deste processo, temos a nosso favor o EU SUPERIOR que está sempre atento e determinado, cuidando para que no final possamos alcançar o entendimento de quem nós realmente somos. O EU SUPERIOR é a nossa Essência Sagrada que está intimamente e eternamente conectada ao Todo, Ele é simplesmente o AMOR em SI. 
A partir do momento que renunciamos ao ego e nos entregamos à Vontade Divina, o Eu Superior assume o controle total e não se deixa mais enganar... Por isso dizemos que o ego se dissolve na certeza do EU. Aí sim, nos libertamos definitivamente da sombra, da dúvida, e a UNIDADE pode reger o nosso Ser integralmente, sem ponderações.
Outra coisa é que a partir do momento da renúncia ao ego, o VIVER AGORA prevalece sem resistências pois não existem mais expectativas, ansiedades ou desejos, mas apenas a PAZ.
Deixem, portanto, que o Coração, aquele que ressoa o seu EU, mostre o caminho da renúncia, ele e somente ele tem a capacidade de decodificar a linguagem do AMOR, a linguagem da sua CONSCIÊNCIA que quebra definitivamente os grilhões que os prendem à ilusão do ego...
Amor sempre Amor, 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A dificuldade de ficar só 

A dificuldade de ficar só


por Andre Lima - andre@eftbr.com.br
Ficar sozinho, sem companhias ou distrações mentais, significa entrar em contato com tudo que tem de bom ou ruim que existe no nosso interior. Se estamos felizes, equilibrados, sentindo paz interior, apreciar a própria companhia se torna algo prazeroso.

Entretanto, a maioria dos seres humanos está carregada de sentimentos, pensamentos e emoções que provocam um intenso barulho interno. Observe a sua mente que incessantemente pensa em uma coisa após a outra. E muitas dessas emoções e pensamentos são desagradáveis. Existe um ruído mental como se fosse um rádio com um locutor que não pára nunca. Além de não parar, essa estação de rádio tem muitas notícias negativas que causam medo, tensão e estresse.

Quanto maior o barulho mental, ou seja, quanto mais estamos carregados de emoções e pensamentos, e quanto mais negativo é esse conteúdo, mais teremos dificuldade de ficarmos sozinhos. A intensidade desse fluxo mental e a carga negativa que ele carrega varia de pessoa pra pessoa. Quando esses níveis de desconforto interno se elevam, buscaremos várias formas de fugir de nós mesmos, buscando companhias e distrações mentais. Poderíamos curar essa negatividade, mas por não sabermos como, acabamos optando pela fuga. Vou falar mais sobre as fugas.

Existem aquelas pessoas que não conseguem ficar sem um relacionamento amoroso. Se a relação atual acabar, surge um desconforto tão intenso que a faz buscar um novo relacionamento o mais rápido possível. Levadas por esse impulso, essas pessoas emendam um relacionamento atrás do outro e nunca conseguem passar um período mais longo sozinhas. Problemas em sua autoestima, necessidade de reconhecimento e atenção, carências profundas levam a esses comportamentos.

Tem pessoas que precisam constantemente da companhia dos amigos. Ficam inquietas e ansiosas se não houver alguém disponível para sair ou conversar. A interação com outras pessoas lhes serve para não entrar em contato com o seu desconforto interior.

Utilizamos mecanismos de fuga para não estarmos sós, mesmo quando não temos nenhuma companhia. Ficar na televisão por horas, navegar incessantemente na internet, jogar no computador, trabalhar demais, estudar demais, são algumas outras formas de distrair a mente para não sentir toda a desagradável carga de pensamentos e sentimentos.

Tem pessoas que são viciadas em exercícios físicos ou atividades radicais. Quando há uma compulsão ou dependência dessas atividades, significa também que está havendo uma fuga de si mesmo. É diferente de praticar por prazer. É certo que essas atividades podem ser bastante prazerosas e saudáveis, mas elas são melhor aproveitadas, com equilíbrio, quando estamos bem por dentro e não as utilizamos como forma de fuga.

Outra forma de fugir é viajar mentalmente. Sonhar acordado, planejar o futuro sempre, ou ficar imaginando como vai ser e que será melhor, deixando de viver o momento presente para não sentir todo o desconforto interior, é mais um mecanismo de defesa.

Outros vícios e compulsões também são formas de fugir de si mesmo. Coisas que dão prazer e podem ser utilizadas para mascarar temporariamente o desconforto interior: comida, sexo, jogo, compras etc..

Normalmente, utilizaremos várias dessas estratégias em momentos alternados para nos ajudar a fugir da nossa própria companhia: relacionamentos amorosos, interação com amigos, televisão, trabalho em excesso, viajem mental etc..

O pior castigo que um preso pode receber é ir para a solitária. Por que será que é tão ruim? Porque ele vai ficar consigo mesmo, em contato com todo o seu barulho interno, que é carregado de um fluxo intenso de pensamentos e sentimentos, muitos deles bem negativos, sem a possibilidade de distração. O único mecanismo de fuga que ele pode utilizar é a viagem mental.

Coloque um "mestre zen" dentro de uma solitária e ele ficará lá dentro sem problema algum, sentindo uma profunda paz interior, a mesma paz que ele sentiria em qualquer outro lugar. Não seria nenhum castigo. Isso porque ele já não tem mais toda essa carga intensa interna que a maioria de nós ainda tem.

A intensidade desse desconforto interior depende da carga que vamos acumulando durante a vida. Passamos por experiências que nos deixam impregnados com emoções negativas através de eventos que vivemos, coisas que ouvimos (da família, religião, televisão e sociedade em geral) e coisas que testemunhamos.

Observe as memórias que você tem de situações do passado. Pode ser de coisas que você experienciou em um passado mais recente ou lá da infância. Com um mínimo de investigação, você conseguirá lembrar de dezenas de situações que trazem emoções desagradáveis. Memórias impregnadas de emoções negativas se acumulam no nosso inconsciente e mexem como o nosso estado emocional em mental. Deixam-nos mais pessimistas, ansiosos e inquietos e baixam a nossa autoestima. Tornam o nosso sono mais agitado e menos profundo. Em níveis mais intensos, essa carga acumulada leva a quadros emocionais mais graves que damos nomes como depressão, ansiedade generalizada, pânico, transtorno bipolar etc..